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maio 22, 2011

Arte Mudéjar



"Tecto mudéjar na sala do trono da Aljafería."

Denomina-se arte mudéjar ao estilo artístico que se desenvolveu entre os séculos XII e XVI nos reinos cristãos da península Ibérica, que incorpora influências, elementos ou materiais de estilo hispano-muçulmano.

Trata-se de um fenômeno exclusivamente hispânico que combina e reinterpreta estilos artísticos cristãos (românico, gótico e renascentista) com a arte islâmica.

A expressão "arte mudéjar" foi cunhada em 1859 por Amador de los Ríos em seu discurso de ingresso na Real Academia de Belas-Artes de São Fernando - "O estilo mudéjar na arquitetura".

Para alguns historiadores da arte constitui-se em um desenvolvimento regional da arte islâmica; para outros, trata-se de um período da arte cristã no qual surge a decoração islâmica, que já era praticada pelos mudéjares (mouriscos), povos de religião e cultura islâmica que sobreviveram nos reinos cristãos após a Reconquista cristã dos seus territórios e que, mediante o pagamento de um imposto, conservaram o direito à prática da sua religião e um "status" jurídico próprio. Outros autores pretendem ainda que o estilo representa uma reação cultural islâmica peninsular contra os estilos europeus que se afirmavam nos territórios reconquistados pelos cristãos.

A arte mudéjar não se constitui num estilo artístico unitário, apresentando características particulares em cada região. Nesse sentido, destacam-se o mudéjar toledano, o leonês, o aragonês e o andaluz. A partir da península Ibérica, irradiou-se para as colônias espanholas do continente americano.


Bibliografia :http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_mud%C3%A9jar

maio 17, 2011

Escultura Gótica



A escultura gótica é, sobretudo, sacra, ela exige um certo conhecimento das concepções medievais. Ela tem como função ilustrar os ensinamentos da Igreja. Segundo Vincent de Beuvais, o escultor podia representar a sua obra de várias maneiras: os animais; as plantas; as figuras simbólicas da música; a Astronomia; a Filosofia; a Geometria ou então as sete virtudes teológicas e os sete pecados mortais. Para saber o real significado de cada escultura gótica é preciso ter em mente o conceito de que cada figura pode ser interpretada de três maneiras diferentes. Por exemplo: uma haste com folhas representa uma árvore e significa que a cena se desenrola na terra; uma torre com uma porta indica uma cidade, mas se tem um anjo sobre ela, trata-se de Jerusalém celeste; um resplendor ou uma auréola significa a santidade e, se tem uma cruz no resplendor esta figura é divina, assim é possível se entender cada uma das cenas contadas nas esculturas.Uma outra característica da escultura gótica é o lugar de cada personagem. Cristo está sempre ao centro, ao passo que as outras figuras quanto mais elevadas no conjunto, melhor é a sua situação perante Cristo. A figura que está ao lado direito de Cristo tem uma honra maior do que a da esquerda, porém é preciso ter em mente o seguinte, se Cristo está de frente para nós, a sua direita fica a nossa esquerda, logo os eleitos estão sempre à direita de Cristo e os condenados a sua esquerda. Os números também têm um valor simbólico, o três é associado à trindade; os quatro representa os elementos fundamentais do mundo, ou seja, os quatro elementos; a soma dos dois números, sete corresponde à humanidade e traduz a dualidade do homem, metade terrestre e metade espiritual; os doze que é o produto de três por quatro representa os doze apóstolos; todavia todas estas interpretações nem sempre eram aplicadas, pois o homem do povo não tinha acesso a estas explicações, então, a sua compreensão era vaga pelo fato também de a Igreja manter um certo ocultismo em relação ao conhecimento.A diferença da escultura românica para a gótica é que a românica é feita internamente, enquanto que a gótica tinha uma função decorativa no seu exterior.


Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/arts/2034933-escultura-g%C3%B3tica/#ixzz1

abril 30, 2011

Estilo Manuelino em Portugal




A arte em Portugal: o gótico-manuelino e a afirmação das novas tendências renascentistas



O renascimento é um fenómeno contemporâneo dos Descobrimentos e desenvolveu-se em intima ligação com a empresa ultramarina nacional. Todavia, a arte renascentista só tardiamente chega a Portugal e, de início, apenas através de elementos decorativos associados às estruturas do gótico final. No nosso País, porém, este estilo desenvolveu características ornamentais próprias, definindo entre finais do século XV e inícios do século XVI, uma arte frequentemente denominada como manuelino ou gótico-manuelino.





O gótico Manuelino



A arquitectura do gótico-manuelino integra-se no modo típico de construção do gótico e desenvolve a tendência da arte final deste estilo para a descompartimentação e homogeneização dos espaços interiores. Esta característica explica a preferência típica do manuelino pelas igrejas-salão.

No campo decorativo, a representação da natureza expressa-se por ornamentações de carácter realista onde a demonstração vegetalista aparece frequentemente de forma exuberante, como se pode verificar nas obras mais importantes do manuelino: janela da Sala do Capitulo do convento de Cristo (c. 1510), em Tomar, Mosteiro dos Jerónimos, com especial destaque para o magnifico portal da igreja, arcada do claustro de D. Manuel no Mosteiro da Batalha ou ainda na Torre de Belém.

O exotismo que transparece na representação de animais, flora e seres humanos estranhos, no qual alguns pretenderam ver a especificidade bem portuguesa do manuelino, aparece episodicamente. O seu principal significado estará na procura do diferente e do novo, na pretensão nacionalista de se distinguir dos modelos estrangeiros, transportando para o espaço nacional elementos que faziam parte do quotidiano das viagens e dos encontros civilizacionais no Império Português. Por outro lado o facto de o gótico-manuelino se ter desenvolvido, quase sempre, sob a tutela da coroa explica a utilização de elementos decorativos associados ao objectivo da exaltação da monarquia de direito divino, como a esfera armilar, ou ainda o profundo sentido místico que emana das imagens sacras, em particular da Virgem, transformada por D. Manuel I numa espécie de símbolo régio.

Bibliografia: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia